A consultoria projeta produção global de 93,5 milhões de unidades em 2016, ante 57,6 milhões produzidas no ano passado. Do volume que virá, 37% sairão de fábricas instaladas no Brasil, Rússia, Índia e China, com destaque para as duas últimas, cotadas para serem responsáveis por quase metade do crescimento mundial da indústria. "São mercados com população gigantesca e de enorme potencial de crescimento, além de terem suporte do governo e ambição em se tornarem grandes exportadores", disse Marcelo Cioffi, consultor da PwC.
Segundo Cioffi a geografia da indústria automobilística mudará. China, Índia, Rússia, Brasil e Tailândia são os países que mais receberão investimentos nos próximos anos, roubando participação de mercados tradicionais, como Japão, Estados Unidos e Alemanha. Emergirão dos países asiáticos novos fabricantes, que ganharão força na cena mundial: "Há ainda tendência de consolidação em toda a cadeia."
Os mercados da chamada Ásia desenvolvida têm nos híbridos e elétricos uma fonte importante de criação de demanda, uma vez que o desempenho doméstico sofre com estagnação. "O Japão, por exmplo, terá problemas para exportar por conta de seu câmbio valorizado e precisará focar na eletrificação para gerar demanda interna. Já a Coreia não tem esse problema."
De acordo com Cioffi a Europa Ocidental se tornará centro de produção de veículos premium, aproveitando a demanda chinesa por modelos do segmento, ainda que a vendas locais sigam em declínio. O Leste Europeu, que perdeu uma década de crescimento com a crise, retornará a curva ascendente com incentivos governamentais.
Nos Estados Unidos, uma mudança de consumo: os utilitários esportivos cederão lugar aos crossovers e veículos pequenos na lenta, porém, estável recuperação do mercado doméstico. Crescem também os investimentos em tecnologias híbridas e elétricas, sem deixar de lado o desenvolvimento de motores a combustão mais eficientes.
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