F GUIAUTO: Classicos:Chevrolet Monza um marco brasileiro

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Classicos:Chevrolet Monza um marco brasileiro



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Um carro mundial que nascia com o mesmo nome de um dos mais famosos circuitos do automobilismo. Assim nasceu o Chevrolet Monza, ícone da modernidade no início dos anos 80. Conhecido antes do lançamento como projeto “J”, o GM chegou às revendas da marca, mais precisamente no dia 13 de maio de 1982, nas versões STD, de entrada na linha, e SL/E, a topo, exclusivamente oferecidas com carroceria hatchback e com o novo motor “Família 2” de 1,6 litro.
Na época, o lançamento foi visto como a chegada de novos tempos, afinal, não era nada comum ver em nossas ruas um modelo que também era novato nos principais mercados externos. O Chevrolet tomou a Europa apenas seis meses antes e, nos Estados Unidos, estava completando seu primeiro ano.

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Apesar do tamanho do carro, um autêntico médio, até que o motor transversal – o mesmo que equipava seu “irmão” Opel Ascona na Europa –, com quatro cilindros e comando de válvulas no moderno cabeçote de alumínio, não fazia feio, de acordo com a primeira (e rápida) avaliação feita por Auto Esporte.

“Entre as poucas medições que tivemos oportunidade de efetuar, num curto espaço de tempo, conseguimos marcas para a aceleração de 0 a 100 km/h que muito se aproximaram dos 15,5 segundos. Para a velocidade máxima, em reta nivelada, algumas passagens foram além dos 160 km/h. Duas delas puderam ser medidas a mais de 165 km/h. Excelentes números para o valente motor transversal de quatro cilindros e 1 598 cm³ (75 cv a 5 600 rpm).”

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A potência máxima mencionada na matéria se referia à versão movida a gasolina, que proporcionava ainda torque de 12,4 mkgf a 3 000 rpm. O moderno Monza também chegou oferecendo a versão a álcool, que rendia 74 cv de potência a 5.400 rpm e 12,7 mkgf de torque a 2.600 rpm.
O inovador Chevrolet impressionava não apenas pelas linhas da carroceria, mas também pela suspensão dianteira independente, pelo sistema de freios com circuito duplo em diagonal e pelo espaço interno racional, com idéias diferenciadas: “algumas soluções primam pela inovação, como o sistema de abertura da janela traseira, que abandonou a trava de pressão e adotou um sistema de acionamento circular preso ao pino de comando. O encosto do banco traseiro , quando basculado, encaixa-se na parte inferior do assento.”

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Em setembro de 1982, a versão 83 passou a oferecer também o motor 1.8, mais um trunfo importante ainda no início de sua jornada. Tantos diferenciais, além do óbvio apelo de ser um carro completamente novo, davam a impressão de que o Chevrolet logo superaria rivais como o Volkswagen Passat e os Ford Corcel e Del Rey. Na verdade, o Monza foi muito além disso: nos anos de 1984 , 85 e 86, o modelo foi o mais vendido em todo o País, superando até os acessíveis VW Fusca e Fiat 147. A imprensa também se rendeu ao carro, que conquistou o “tri” de Carro do Ano da Revista Autoesporte.

Líder absoluto em seu segmento, o Monza passou a despertar interesse ainda maior do público quando a versão sedã, de quatro portas, foi lançada – em março de 1983. Foi um sucesso estrondoso: por anos, essa opção vendia mais que outros 11 modelos de quatro portas oferecidos no País. A preferência quase absoluta do consumidor brasileiro por modelos de duas portas começou a cair por terra graças ao sucesso da nova versão do Chevrolet.

Essa constante atualização do modelo, que também não era muito comum na cultura automobilística nacional, se deu até o final da produção do Monza. O modelo, que ganhou até um jingle feito por ninguém mais que o maestro Tom Jobim, passou a oferecer ainda a versão três volumes de duas portas (em setembro de 83, como modelo 84), a versão hachtback esportiva S/R com motor 1.8 (85/86), e a requintada opção Classic 1.8 do sedã, com duas ou quatro portas.

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O avanço tecnológico sob o capô também foi sua marca: a linha ganhou a opção de motorização 2.0 em 86 e, em dezembro de 1989, como modelo 90, a GM brasileira lançava seu primeiro motor equipado com injeção eletrônica (multiponto), que equipava a série especial Classic SE 500 E.F. 2.0 MPFI, uma justa homenagem ao piloto Emerson Fittipaldi. A versão 91, conhecida no mercado como “tubarão”, chegou com uma ampla reestilização. Foi a única remodelação extensa sofrida pelo modelo em toda sua existência.

Dali em diante, a GM lançou mão de novas edições especiais, com pacotes de equipamentos e detalhes estéticos diferenciados, para manter o bom volume de vendas do modelo. Assim nasceram as opções Barcelona EFI (92), 650 EFI. (92/93), Class (93) e Club (94). A trajetória de sucesso do médio da Chevrolet foi encerrada precisamente em 21 de agosto de 1996, totalizando 850 mil unidades produzidas. Seu lugar passou a ser definitivamente ocupado pelo Vectra, bem mais moderno que seu antecessor.

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