F GUIAUTO: Nossas fábricas são maquiadoras ou montadoras?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Nossas fábricas são maquiadoras ou montadoras?

Por Ricardo Couto

Governo brasileiro suspeita que veículos produzidos no México tenham conteúdo local menor que o previsto no acordo automotivo
Na semana passada, a Agência Estado publicou uma reportagem bombástica mostrando o que rola nos bastidores da renegociação da parceria comercial do programa automotivo entre Brasil, Argentina e México.
O texto diz que por trás da ameaça de rompimento do acordo com o México, o governo brasileiro esconde um dado surpreendente. Mesmo com a exigência de que os carros feitos aqui tenham 65% de componentes nacionais, foi constatado que as montadoras – tanto as de lá como as daqui - têm utilizado cada vez menos peças locais em seus veículos.

Estudos do Sindipeças (entidade que reúne os fabricantes de autopeças) dão conta de que 60% das importações brasileiras de autopeças em 2011 foram destinadas à produção nas fábricas estabelecidas no país.

A reportagem informa que o governo brasileiro também suspeita que os carros produzidos no México, com base no acordo atual, tenham menor conteúdo local que os 50% exigidos no Mercosul. Caso isso seja comprovado, as montadoras mexicanas – que pertencem aos mesmos grupos que as estabelecidas no Brasil - estariam atuando como maquiadoras, ou seja, empresas que compram grande parte de componentes de outros países para depois montá-los nos veículos em vez de produzir as peças em seu próprio mercado.

Segundo a agência, existe o temor no governo de que o índice atual de 65% de nacionalização no Brasil possa cair na prática para apenas 21% de peças locais nos próximos anos, já que o cálculo atual de conteúdo de componentes é feito sobre o valor de venda do veículo, que inclui salários de executivos e verba de marketing, entre outros itens, e não apenas o custo de produção, conforme levantamento feito pelo Sindipeças.

Desde o final do ano passado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio vem negociando uma revisão da parceria comercial entre Brasil, Argentina e México, para tentar nivelar o índice de conteúdo na região, mas ainda não chegou a uma definição. Além do aumento do conteúdo local na produção de veículos nos três países, o governo brasileiro espera incluir caminhões e ônibus, além dos atuais carros de passeio e comerciais leves, no futuro acordo.

   








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